Aspiro o perfume envolvente das flores,
pétalas úmidas de orvalho outonal.
Boêmia, corre a lua rumo ao mar
que murmura poesias rendilhadas,
num conluio de harmonia e luz
eu sou platéia.
Voltei ao convívio natural,
destemida como outrora,
mais liberta
mais mulher
mas sofrida
sozinha estou
porém vibra em mim a vida
ecoam versos e canções na alma
acima dos desejos e ilusões.
Vivo dias sempre iguais
demais amenos
Adormecidos os ideais
vejo os dias passarem acelerados,
sinto o tempo curar velhas feridas
e deixar meus cabelos prateados
Mas
beijos de amor
nunca mais.
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