Confesso que ando muito relapsa literariamente. Há um bom tempo não leio um livro, nem mesmo Gibi, Na realidade, até jornal leio eventualmente.
Não posso precisar o início dessa falha, mas lembro que “parei” no João Ubaldo Ribeiro e nunca li Saramago.
Para quem leu avidamente O Continente, do Érico Veríssimo – a trilogia -
em tomos de considerável paginação; um ou dois romances de Sidney Sheldon; As Sandálias do Pescador, de Morris West e A Mulher Imperial, de Pearl S. Buck em apenas um ano, este marasmo atual é inconcebível.
Já fui devoradora de livros nos tempos de menina e creio que esse hábito deu-me embasamento para fazer boas redações, na escola. A única vez que simpatizei com a Matemática foi lendo O Homem que Calculava, de Malba Tahan.
Para quem se arvora a escrever publicamente, como eu, é imprescindível visitar os escritores atuais e expor-se às suas influências. No entanto, teimosamente, tento usar apenas meu estilo.
Vejo-os como exímios esgrimistas a manejar suas “canetas virtuais” em sábios movimentos, que jamais eu poderia enfrentar. Reporto-me aos Mosqueteiros, de Dumas, que afinal eram espadachins – eram espadas ou floretes? – que o cinema nos traduziu em virís mancebos, lutando com hábeis e graciosos movimentos, frases espirituosas durante o embate e o inevitável “touché” final.
Deixando o velho Dumas e voltando ao tema que me propus, não consigo ver-me, metaforicamente, é claro, esgrimando com Jorge Amado e outros de sua estirpe, mas como “sparing”, seria uma honra.
TOUCHÉ...
imagem extraída do site http://images.google.com.br...50anosdefilmes.com.br...2009/08/arobin3.jpg
Nossa! Assisiti muito aos filmes de capa e espada, era bom demais!
ResponderExcluirE posso te comparar, mamãe, como escritora, àqueles que subiam agilmente na mesa e cortavam as velas do castiçal, que só caiam após alguns momentos.
A destreza está ali, invisível no início, mas só podemos perceber se ficarmos assistindo até o final.
Estou adorando este blog!
bjos